" Se você não demorar muito, posso esperá-lo por toda a minha vida." Oscar Wilde
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Para mim, para você
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Currículo
domingo, 5 de dezembro de 2010
Jason Mraz - Butterfly
I'm taking a moment just imaginin' that I'm dancin' with you
I'm your pole and all you're wearing is your shoes
You got soul, you know what to do to turn me on until I write a
song about you
And you have your own engaging style
And you've got the knack to vivify
And you make my slacks a little tight, you may unfasten them if
you like
That's if you crash and spend the night
But you don't fold, you don't fade
You've got everything you need, especially me
Sister you've got it all
You make the call to make my day
In your message say my name
Your talk is all the talk, sister you've got it all
Curl your upper lip up and let me look around
Ride your tongue along your bottom lip and bite down
And bend your back and ask those hips if I can touch
Because they're the perfect jumping off point of getting
closer to your
Butterfly
Well you float on by
Oh kiss me with your eyelashes tonight
Or Eskimo your nose real close to mine
And let's mood the lights and finally make it right
But you don't fold, you don't fade, you've got everything you need
Especially me
Sister you've got it all
You make the call to make my day
In you message say my name
Your talk is all the talk sister you've got it all
You've got it all, you've got it all, you've got it all [2x]
You've got it all, you've got it all
Doll I need to see you pull your knee socks up
Let me feel you up side, down slide, in slide, out slide, over here
Climb in my mouth now child
Butterfly, well you landed on my mind
Dammit you landed on my ear and then you crawled inside
Now I see you perfectly behind closed eyes
I wanna fly with you and I don't wanna lie to you
Cause I, cause I can't recall a better days
I'm coming to shine on the occasion
You're an open minded lady
You've got it all
And I never forget a face
If I'm making my own
I have my days
Let's face the fact here, it's you that's got it all
You know that fortune favors the brave
Well let me get paid while I make you breakfast
The rest is up to you, you make the call
You make the call to make my day
In your message say my name
Your talk is all the talk, sister you've got it all
Cause I can't recall a better day
I'm coming to shine on the occasion
You're a sophisticated lady, oh you've got it all
You've got it all, you've got it all, you've got it all [3x]
You've got it all, you've got it all:.
Butterfly, baby, well you've got it all
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
O homem dos meus sonhos...
domingo, 28 de novembro de 2010
Think of Me
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
" Forget what we're told,
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Cuidado comigo!!!
Fissura, estou ficando tonta. Essa roda girando girando sem parar. Olha bem: quem roda nela? As mocinhas que querem casar, os mocinhos a fim de grana pra comprar um carro, os executivozinhos a fim de poder e dólares, os casais de saco cheio um do outro, mas segurando umas. Estar fora da roda é não segurar nenhuma, não querer nada. Feito eu: não quero ninguém. Nem você. Quero não, boy. Se eu quiser, posso ter. Afinal, trata-se apenas de um cheque a menos no talão, mais barato que um par de sapatos. Mas eu quero mais é aquilo que não posso comprar. Nem é você que eu espero, já te falei. Aquele um vai entrar um dia talvez por essa mesma porta, sem avisar. Diferente dessa gente toda vestida de preto, com cabelo arrepiadinho. Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo. É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros como você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro
Caio Fernando Abreu
...
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
"Explicação nenhuma isso requer..."
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Dang???
terça-feira, 9 de novembro de 2010
O Louco
- " O Louco representa o impulso racional para a mudança e abertura dos horizontes da vida frente ao desconhecido, quando nos colocamos à beira de uma jornada. Esse desconhecido é representado por impulsos irracionais, que tanto podem ser destrutivos quanto criativos e frequentemente são os dois juntos. É o nosso lado selvagem mergulhando nos precipícios, deparando-se com situações penosas, mas que podem proporcionar inícios incrivelmente criativos. E se não correspondemos a esses chamados, nos afundamos em vidas monótonas, banais e sem sentido, e chegamos ao final de uma vida perguntando-nos o que perdemos e porque o mundo nos parece tão vazio. Por outro lado, não há qualquer garantia de que chegaremos em segurança, com sucesso, ou , se até mesmo chegaremos, mas não iniciar é negar, em nível interior, tudo em nós que seja jovem, criativo e que esteja em contato com o que é maior do que nós mesmos".
sábado, 30 de outubro de 2010
Milagres...
Miguel: Mãe, milagres existem?
Eu: Claro. Se você acreditar. Por quê?
Miguel: É que eu preciso de dois ...
Eu: Dois???
Miguel: É mãe, um pro meu pai deixar eu sair do judô e outro pra ...
Silêncio. Tenho medo de perguntar... Miguel suspira e continua...
Miguel: O outro é pra tirar o meu avozinho do hospital e trazer ele de volta pra mim.
'Engoli' o choro e o abracei forte.
...Miguel não faz mais judô. É. Milagres existem. Quanto ao Vovô Miguel, Seu Mehkail, S. Miguel, aquela figura doce, meu eterno sogro, pai exemplar, avô irretocável, apaixonado pelos netos... Papai do Céu precisava dele lá em cima e ele nos deixou essa noite. Sei que ele está em algum lugar, em algum bom lugar. Cuida dele por mim, Celita.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Ei, psiu...
Contra politicagem... É da Elisa, a Lucinda. Adorei.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Receita básica para mal estar
Essa música funciona para mim como aquele chazinho que a vovó costuma preparar quando o netinho ou a netinha enfiam o pé na cachaça, na feijoada , na jaca toda e precisam de uma ajudinha para se livrar daquele mal estar. É batata. Não. É boldo!
Sem graça? Também achei. Mas esse é o espírito da coisa, o dessa coisa loira aqui. Sabe quando você acorda, mas não tem vontade de levantar; levanta mas não tem vontade de fazer nada, e quando tenta só faz merda???? Hoje eu estou assim. Não é o Mr. Murphy. É assim, ó, assim... um aperto no peito, que não sei de onde vem ou o porquê. Tá bom. Sempre se sabe. Mas não estou a fim de fuçar. Deve ser esse Saturno que não larga do meu pé, sempre colocando essas travas no meu caminho (ah como é bom achar 'alguém' para culpar...rs).
Então, quando não se tem aqueeeeele motivo aparente, mas o sorriso custa a aparecer, você não quer dar bom dia para ninguém (coisa feia!) e o único que te entende é o seu Dr. Travesseiro, eu tomo uns golinhos dessa música aí do video (e nessa versão, porque tem uma, live, que nem Jesus aguentaria). Não perguntem porque; não conheço a banda, a letra é bla bla blá, o vocalista não é o Bon Jovi (suspiros) e só sei que eles se chamam The Calling porque procurei a porra da música nesse tal de You Tube, que vive me salvando e eu continuo dizendo que é uma bosta!!!!
Ah, e tem que ser dirigindo!!!! O CD já fica guardadinho num cantinho especial. É só ouvir, e... boldo!!!! Boto tudo para fora. Ouço e choro, ouço de novo e...choro. Toco mais uma, duas, três vezes ...até desidratar. Pronto. Estou melhor.
Viu como é fácil???? Queria muito fazer este exercício ouvindo Chopin ou Beethoven, mas, confesso que, se não for a do tan tan tan tan, não saberei distinguir um do outro . Assim como também não saberia distinguir um Manet de um Monet. Não fui exposta à erudição, às artes. À literatura, um pouquinho, mas matava as aulas, para não ter que matar as professoras... Fico feliz em ter em casa o meu Bolero de Ravel, que ouço no mais alto volume. Mas nem ele, nem Chico têm o mesmo efeito colateral da 'música' suso citada. Vai saber...Bom, fato é, eu adoro essa música, adoro a letra e sempre choro quando a ouço, estando triste ou não.
(Suso???? kkkkkkk Só eu mesma!!!)
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
To Maria Eduarda
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Muita Gordelícia para pouca minhoca!!!!
sábado, 18 de setembro de 2010
Sabedoria
Maria Tereza: Preciso dar uma esticadinha aqui (mostrando as suas rugas nos olhos), vocês sabem, precisamos nos cuidar. Você é casada?
Eu: Não. Separada há 03 anos.
Maria Tereza: Mas não está sozinha, né? Com esse corpinho lindo, tão jovem, ainda dá para 'dar umas duas ou três transadinhas' pelo menos uma vez por semana. Tem que fazer, querida. Faz bem à pele!!!
Risos.
Maria Tereza: Sou casada há bastante tempo, mas não pense que é fácil, não. Ihhhh, separei-me e com ele voltei várias vezes. É que eu tenho uma alegria de viver muito grande. Adoro festas, receber pessoas. Mas ele é um verdadeiro ogro. Igualzinho ao daquele desenho. Como é mesmo o nome dele? Ah, "Shurek"...
Eu: Meu ex marido também não gostava muito do convívio social, apenas do feminino...
Maria Tereza: E você se separou por isso ??? Bobagem, querida. Sou a favor da poligamia. Aliás, sempre fui. Isso é da natureza do homem. E das mulheres também. Mas é que com a gente é diferente.
Eu: Cultural.
Maria Tereza: Isso. Cultural, minha filha. Pois é. Se fossemos educadas a entender esse nosso lado primitivo, todos os casamentos durariam muito, você não acha?? A natureza humana é curiosa, instintiva. Não entendo o porquê de reprimí-la.
E antes que eu pudesse responder, ela continuou.
Maria Tereza: Veja bem. Certa vez meu marido foi trabalhar na África. As mulheres de lá são lindíssimas. Carne dura, sabe??? Que homem não gosta de apertar uma bundinha durinha??? Ah, deixei ele lá por um bom tempo.
Gargalhadas. A terceira mulher, Regina, não resistiu e perguntou:
Regina: Mas enquanto vocês estiveram separados, não houve outros relacionamentos??
Maria Tereza: Ah não, querida. Relacionamentos não, mas muito beijo na boca, umas pegadas aqui, outras ali, sabe como é, né? Vai me dizer que de vez em quando, numa festa, você não olha para um cara e sente aquela coisa aqui dentro, aquela vontade de dar um beijo na boca. Isso é normal. Para a mulher também.
E ela continuava...
Maria Tereza: Mas, me diga, loirinha, o que você faz aqui??? Tão jovem, não está precisando de reparo, não, querida. Volte para casa.
Entra a assistente da médica a me chamar para a consulta.
Maria Tereza: Não se esqueça, querida. Duas ou trêsinhas, pelo menos uma vez por semana, hein?!! Vai adiar por muito tempo a sua plástica. Tá vendo a minha cútis, vou comemorar 50 anos de casamento na próxima semana e só preciso de uma esticadinha aqui, ó...
Entro na sala da Dra. Evilmara às gargalhadas...
Dra. Evilmara: Já sei. A D. Maria Tereza está na sala de espera. 76 anos. Toda vez que ela vem aqui, acabo perdendo uma ou duas pacientes...
Mais gargalhadas!!!!
Acabei de achar o presente ideal para as bodas de ouro da D. Maria Tereza:
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Enterrando o luto...
Mas você não se conteve, não é mesmo? E eu, que tanto te pedi para me deixar quieta, para eu poder me acostumar com a sua ausência, para eu poder saber fazer dessa falta que você me faz algo suportável ... É, você não resistiu. Tinha que me dizer que estava com muitas saudades. Fingi que não li.
Mas você não deixou passar. Tinha que cutucar. Essa droga de ferida que toda vez que eu penso que está cicatrizando, você vem e a debrida...Tinha que retrucar e reclamar que eu não fui recíproca em sua manifestação de carinho. Diga agora, o que isso significa? Porque o meu coração e o meu corpo querem entender uma coisa, que não é coerente com o que você me obrigou a ouvir naquela manhã feia. Então para. Há muito entendi que não conseguimos suportar nossas diferenças. Se eu não soube, se você não tolerou, se eu falei demais e você de menos, que importa isso hoje, depois de tanto tempo? Já te falei sobre o tamanho da culpa que carrego; fui burra, errei, e saber que você também errou não me consola, porque continuo me sentindo incompetente. Mas e daí agora???? Ou depois??? Não, não quero mais sentir isso.
Egoísmo ou prazer mórbido seu? Carência? Necessidade de saber se ainda estou vulnerável? Disponível? Desculpe-me, mas isso só tem um nome para mim: covardia. Como diz o meu amigo do Alucinações Amorosas,"foi preciso nosso amor terminar para que eu enxergasse o que você me ensinou". Já te agradeci por tudo. Agora chega, tá? O inverno se foi. A primavera chegou. E o meu luto acabou de acabar.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
E você? Sabe o sentido da palavra política???
Deixo para Cora Rónai a resposta que sempre tento dar (mas não consigo) aos que inutilmente tentam me aliciar e me levar ao submundo do horário politiqueiro eleitoral.
"(...)
Para que uma campanha política consiga motivar os eleitores, ela precisa, em primeiro lugar ser ...política! Mas não há nada de político, no antigo e nobre sentido da palavra, no que nos vem sendo apresentado. O mundo em que os candidatos vivem não guarda nenhuma relação com a realidade que pretendem administrar. Aliás, salvo a Marina, os próprios candidatos deixaram de passar qualquer impressão de autenticidade. São fantoches de si mesmos, criaturas de propaganda que apresentam não o que são, mas o que gostariam de ser. Ou nem isso; apenas o que seus marqueteiros acham que vende melhor.
Assim, de pessoa notoriamente tida por prepotente e atrabiliária (mas diplomaticamente apresentada como "difícil"), Dilma tenta passar por senhora educada, por mãe ocasionalmente severa, mas sempre gentil e compreensiva; de oposicionista de poucos amigos, Serra pretende ser acessível, religioso, popular. Não é. Não são. Isso para não falar em todo o cardume menor, salpicado de criminosos e figuras ridículas.
O presidente , que devia pelo menos fingir que respeita as leis, usa sem qualquer pudor a máquina do governo, que há tempos deixou de ser para todos e transformou-se em criminosa ferramenta partidária; a oposição, cheia de aspas, desvirtua um tenebroso caso de polícia para tentar ganhar no tapetão, repetindo as práticas antidemocráticas do PT. Cadê a política nisso?! Cadê os projetos, cadê as propostas para educação, base de tudo, que está para o brejo à velocidade luz?"
Tudo bem. Também senti uma coloração um tanto 'es-VERDE-ada' a refletir do que acima transcrevi, mas, enfim, nada é perfeito.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Seres superiores também amanhecem tristes.
- Não, Dr., minha família está ótima. Meus filhos idem. Tenho sido bastante útil no meu trabalho. Há tempos fiz as pazes com as finanças e o príncipe encantado vai bem, obrigada. Está por aí, em algum lugar, me procurando, é claro. Uma hora ele me acha. Enquanto isso, vou colorindo algumas amizades. Amizades...amigos...Estão todos bem. Minha amiga Celita? Eu não lhe contei??? Dizem que ela está melhor do que nós. Tá bom, tá bom, sem clichês hoje.
Ah, Celita, como sinto a sua falta. De quando você dizia que eu era a melhor pessoa para se contar a mesma piada, dezenas de vezes. Só porque eu sempre ria na última como se fosse a primeira vez. E os nossos porres com os meninos???? Lembra daquela tequila na casa do Gus??? Quando acordei, debaixo daquele chuveiro gelado, e o quarteto morrendo de preocupação da loira aqui, me olhando como se eu fosse um ser extra galáctico. Eu, tremendo de frio, tentei levantar, chamei todos de filhos... da puta (só umzinho, prometo), escorreguei, e acabei caindo em cima do Igor. Tivemos uma crise de riso tão grande que foi todo mundo parar no chão também. Micão.
Falando em micão, já viu o comercial da Skol litrão???? Fala pra mim, você andou soprando um ventinho, uma colinha aí do céu para os caras que ganharam a conta?? Não??!! Então é plágio. Lembra do Eduardo dançando lambada com o Igor???? E as roupas??? E a pochete??? Sensacional.
Quantas vezes você, insegura, me ligou de madrugada para ler uma das suas petições? Quantas vezes discutimos os seus casos, que você dizia nossos, horas e horas? Você tentando me convencer a largar o TJ e entrar para o seu escritório e eu tentando te convencer a prestar concurso para a Defensoria...
Nao, não sei como o Eduardo está. Ainda não consegui falar com ele. Mas não fique triste, Celita. A vida continua para todo mundo aqui embaixo e sei que ele nunca vai te esquecer. Quem vai???
Celita, posso te confessar uma coisa??? Acho que a ficha só caiu agora. Não estou achando graça nenhuma sem você. Já sei, já sei. Clichês de novo. Você não sabe que não consigo passar mais de uma hora sem repetir um ??!!
Também ainda não tive coragem de ir à praia sozinha. Impossível chegar lá e não lembrar das nossas caminhadas na areia fofa. Tudo por um par de glúteos durinhos, você dizia. E eu, quando você ameaçava cansar, te matava de rir dizendo que o melhor remédio contra a força da gravidade era a força do pensamento. E entoava aquele meu mantra providencial. Eu dizia: " Vambora, Celita, concentra, as duas juntas, canta comigo: levanta bunda, levanta aummmmm levanta bunda....aummmmmm..."
- É sim, Dr, muito engraçado. Mas não estou com vontade de rir. Muito ao revés...Muito ao revés. Ela adorava usar esta expressão nas petições. Reveses...nossos de cada dia. Temos todos.
Terminei de ler um livro onde um dos personagens comentava a partida de uma pessoa querida. Ele dizia que a Magali é dessas que antes de morrer a gente deveria plantar para ver se nasce mais.
-Não, Dr. A minha amiga se chama CE-LI-TA!!! Magali é o personagem do livro, que morreu também.
Celita, não ficou alguma mudinha sua por aí, não???? Eu prometo que vou te colocar num cachepot bem bonitinho, te dar banho de sol, te regar com bastante tequila, te adubar com guacamole e conversar com você todos os dias...
Ah, qualquer hora eu te conto essa história de seres superiores...Beijos no seu coração.
- No seu não, Dr., no da Celita. O beijo foi para ela. Puxa, o senhor anda tão confuso...acho que está precisando de um...terapeuta.
domingo, 5 de setembro de 2010
Adorei isso...
Sabe o que é um coração
Bater ao máximo de seu sangue?
Bater até o auge de seu baticum?
Não, você não sabe de jeito nenhum.
Agora chega.
Reforma no meu peito!
Pedreiros, pintores, raspadores de mágoas
Aproximem-se!
Rolos, rolas, tinta, tijolo
Comecem a obra!
Por favor, mestre de Horas
Tempo, meu fiel carpinteiro
Comece você primeiro passando verniz nos móveis
E vamos tudo de novo do novo começo
Iansã, Oxum, Afrodite, Vênus e Nossa Senhora
Apertem os cintos
Adeus ao sinto muito do meu jeito
Pitos ventres pernas
Aticem suas velas
que lá vou de novo na solteirice
exposta ao mar da mulatice
à honra das novas uniões
Vassouras, rodos, águas, flanelas e cercas
Protejam as beiras
lustrem as superfícies
aspirem os tapetes
Vai começar o banquete
De amar de novo
Gatos, heróis, artistas, príncipes e foliões
Façam todos suas inscrições
Sim. Vestirei vermelho carmim escarlate
O homem que hoje me amar
Encontrará outro lá dentro
Pois que o mate.
Elisa Lucinda
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Estive no Corcovado neste último domingo. Levei irmãos, sobrinhos, minha família...enfim, especialmente por isso, foi um dia muito especial. Não vou gastar aqui linhas sobre ser aquela uma das maravilhas do mundo, mas maravilhoso mesmo é descobrir o quanto se é pequeno diante do que se vê de lá. E é sempre como se fosse a primeira vez, cada companhia, um ângulo diferente ainda não descoberto...
Bom, virgindades à parte, nem tudo foi tão belo assim. Não sou carioca, sou nilopolitana, mas são cidades ...contíguas (rs), portanto, falarei como se da gema fosse. É tudo nosso??? Então, que porra de negócio é esse de se cobrar R$36,00 para pegar o trem do Corcovado,com um tempo mínimo de espera de 02 horas, ou ter que desembolsar R$44,00 para pegar uma van e evitar a espera????
Tá. Tem a manutenção das escadas rolantes, dos elevadores, dos banheiros, que estavam limpos meeeeeesmo, salários etc, etc, etc, que gera um custo, mas, para variar, fizeram disso um "negócio da china". Você tem noção de quantos turistas passam por ali por final de semana????
Acho que acabei de responder às minhas indagações. Não somos turistas, somos somente a população do Rio de Janeiro, estado ou cidade, e aquela maravilha não é nossa e não foi feita para a nossa contemplação.
Quem disse que foi???? Estive no Corcovado neste último domingo. Levei irmãos, sobrinhos, minha família...enfim, especialmente por isso, foi um dia muito especial. Não vou gastar aqui linhas sobre ser aquela uma das maravilhas do mundo, mas maravilhoso mesmo é descobrir o quanto se é pequeno diante do que se vê de lá. E é sempre como se fosse a primeira vez, cada companhia, um ângulo diferente ainda não descoberto...
Bom, virgindades à parte, nem tudo foi tão belo assim. Não sou carioca, sou nilopolitana, mas são cidades ...contíguas (rs), portanto, falarei como se da gema fosse. É tudo nosso??? Então, que porra de negócio é esse de se cobrar R$36,00 para pegar o trem do Corcovado,com um tempo mínimo de espera de 02 horas, ou ter que desembolsar R$44,00 para pegar uma van e evitar a espera????
Tá. Tem a manutenção das escadas rolantes, dos elevadores, dos banheiros, que estavam limpos meeeeeesmo, salários etc, etc, etc, que gera um custo, mas, para variar, fizeram disso um "negócio da china". Você tem noção de quantos turistas passam por ali por final de semana????
Acho que acabei de responder às minhas indagações. Não somos turistas, somos somente a população do Rio de Janeiro, estado ou cidade, e aquela maravilha não é nossa e não foi feita para a nossa contemplação.
Quem disse que foi????
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Enchantagem (Paulo Leminski)
de tanto não fazer nada
acabo de ser culpado de tudo
esperanças, cheguei
tarde demais como uma lágrima
de tanto fazer tudo
parecer perfeito
você pode ficar louco
ou para todos os efeitos
suspeito
de ser verbo sem sujeito
pense um pouco
beba bastante
depois me conte direito
que aconteça o contrário
custe o que custar
deseja
quem quer que seja
tem calendário de tristezas
celebrar
tanto evitar o inevitável
in vino veritas
me parece verdade
o pau na vida
o vinagre
vinho suave
pense e te pareça
senão eu te invento por toda a eternidade
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Profissão de Febre
domingo, 22 de agosto de 2010
Coisa natural da vida
Quarto totalmente escuro. Meus filhos e eu. Uma cama queen size e uma de solteiro. É assim que dormimos e só dormimos assim.
-Mãe, sabia que o tio do João Vitor morreu?
-Sabia, Bb.
Miguel ficou em silêncio por alguns segundos e então começou a chorar compulsivamente.
-Filho, o que você tem? Fala pra mim, não chora...
-Mãe, e se você, o papai, a Vó Nabiha e o Vô Miguel morrer (sic), como eu vou ficar???
Aquilo me pegou de surpresa. Odeio surpresas. Não sei lidar com elas. Acabo sempre fazendo ou falando m. Quase perguntei, 'mas filho, tem que morrer todo mundo assim de uma vez???'. Mas uma coisa me chamou a atenção. Ele não incluiu a minha mãe, que é a paixão dele. Não resisti.
- E a Vó Judite?
Muito rápido, sem titubear, com toda a certeza do mundo, Miguel respondeu:
- Não mãe, a Vó Judite só tem 66 anos e ela é muito forte. Ela leva a gente pro campinho e joga muita bola. A minha Vó Nabiha e o Vô Miguel é que têm muita doençinha. A Vó Judite não.
Suspirei aliviada porque poderia ter causado mais dor incluindo a minha mãe naquela incursão. Mas o alívio não durou muito tempo. Nossa, a Vó Judite é imortal para ele, e apenas ela. Mas não quero pensar nisso agora.
Esse é um tema (a morte) que, cedo ou tarde, invade o coração das crianças em determinada fase, mas não sabia o que dizer naquela hora. Sem contar que surpresas são inimigas do meu raciocínio, fazem pressão. Não funciono sob pressão. Meu QI emocional é 0, e já melhorei muito. Fui salva pela Maria Eduarda, minha libriana justa, do alto de sua sabedoria de 09 anos de idade.
- Miguel, presta atenção na sua irmã. Isso é coisa natural da vida.
Disse ela.
- O que é coisa natural da vida?
- É assim, ó, a gente nasce, cresce, fica velhinho e morre. Todo mundo é assim. Não fica triste não. Isso acontece com todo mundo.
-É assim, mãe?
- Exatamente assim.
- Aquilo tudo, tá mãe. Você ora? Não esquece de orar pelo papai. Quando terminar, diz amém.
Esse é o nosso código de boa noite. Nessa ordem. Um sempre começa. E digo em seguida, para cada um deles:
- Pra você também. Sempre oro (pelo pai deles).
Nem sempre rezo, oro, ou converso com Ele. Essa é a hora que Morfeu me abandona, pensamentos me invadem e ela, essa insônia, me cumprimenta.
- Mãe, você já orou?
- Já. Amém.
-Amém.
-Amém.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Falésia : forma geográfica litoral, caracterizada por um abrupto encontro da terra com o mar. (wikipedia)
Estava revendo meus álbuns quando achei essa foto aí de cima. Mais do que lembrar desse dia, quando chegamos lá no alto, em Morro Branco, Fortaleza, lembro-me da expressão de felicidade no rosto do Zé, olhando para o meu. A minha alegria o encantava mais do que todo aquele tom lindo de laranja que refletia daquelas falésias. A minha emoção, que tentava escorrer pelas lágrimas que eu não deixava rolar, o comoveu. Foi como se, naquele momento, ele tivesse compreendido porque o caminho de um ser tão diferente havia cruzado o dele...para me proporcionar momentos tão felizes (obrigada). O nosso amor deixou marcas lindas, como aquelas falésias que visitamos, expressão perfeita para um encontro intenso e abrupto. Eu, Terra. Você, mar.
domingo, 15 de agosto de 2010
Carpinejar.blospot.com
(será que ao copiar sua foto do blog aqui para o meu terei que pagar pelos direitos autorais??? Hummm, pode cobrar, querido, aceita pagamento in natura???? De qualquer forma, peço licença desde já...mas para a Cíntia..Um beijo na sua boca, Carpinejar lindo!!!)
sábado, 14 de agosto de 2010
Amor da sua vida
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Mesma foto, retratos diversos
Essa coisinha aí atrás da minha foto cheia de letrinhas é a 'tataravó' da minha mais recente aquisição, meu notebook, e foi dada à Raquel Cristina por seu padrinho (aquele do reencontro mágico da minha infância), num último Natal que reuniu todos da minha família. Pequenininha, branquinha, do tamanho do colo da Raquel. Meu padrinho me conhecia mais do que a ele mesmo. Sabia que um dia ela me ajudaria a contar histórias.
E a primeira por pouco não acabou numa tragédia. Um presentinho inocente??? Que nada!!! Pivô da tentativa de suicídio da caçula das Marias.
Tia Fernanda, a tal caçula, tinha 02 anos quando o clã dos Bartolos desembarcou cá nesta p. desta terra. Não que a deles fosse muito melhor. É que a família da minha mãe é a única que conheço de além mar que aqui chegou e mais pobre ainda ficou. Nem uma padaria, um mercadinho, ou uma tendinha qualquer. Puta que pariu!!! Nada. Mas, enfim, deixa pra lá. Voltemos ao suicídio.
Pois bem. Naquele Natal, foi feita uma última tentativa de amigo oculto. Canso de falar que isso não dá certo. Mas diziam, " É mais econômico. Todo mundo ganha um presentinho e ninguém fica triste." O problema é que nem todos queriam ganhar só um presentinho, e quando alguém ganhava um presentão, puta que pariu de novo, o amigo virava inimigo.
Como ninguém me ouvia, restava a mim ser a 'desmancha-prazer', a chata. Eu não sossegava enquanto não descobrisse todos os ocultos. Fazia charme para uns, mentia sobre o meu para outros, enchia o saco mas ía formando a minha listinha. Vovó tirou Tio Joaquim. Tio Joaquim tirou Tia Lourdes. Tia Lourdes tirou Mamãe. Mamãe tirou Tia Fernanda...Bom, chegou o dia do Noel e lá estava eu, orgulhosa por ter desvendado quase todos. Só restara saber quem o meu amado padrinho havia tirado e quem havia me tirado. É, sou loira de nascença.
Quando ele chegou com aquele embrulho enorme - a minha Hermes Baby, Tia Fernanda arregalou seus goooordos olhos e deixou-se trair descaradamente por uma inveja que a matava lentamente.
"Só pode ser pra malcriada da Raquel. É a filhinha dele, não é??? Mas quem fica aqui na cozinha sou eu, quem faz a comida sou eu!!!"
Pra resumir essa quase tragédia, o que era um quase comum nas reuniões dos Bartolos, quando os amigos ocultos se declararam e os presentes foram abertos, minha querida Tia Fernanda e seu ego do tamanho da sua barriga se trancaram no banheiro com uma faca.
"Ai, Jesus, acudam a minha menina!!! Oh, Fernanda, que tú estás a 'fazeire' uma sandice!!!", gritava minha avó, tadinha, batendo à porta.
" Se tentarem entrar, eu me mato, eu me mato! Olha o que eu ganhei, olha o que eu ganhei, um jogo de copos!!! Com tanto copo de geléia aí, pra que um jogo de copos????"
Senti tanta raiva dela quando ouvi isso que pensei, "Enfia a faca logo nesse bucho e para de falar mal dos copos que a MINHA MÃE te deu, sua Casa da Banha!!!" ( ainda não dominava a arte dos palavrões nessa época).
Tudo acabou bem, e não fosse a covardia daquele ego horroroso, hoje eu não estaria aqui rindo. Tia Fernanda, minha gostosa Tia Nananda, será sempre aquela adultolescente sem limites, que pensa que a vida gira em torno de um baleiro de um botequim qualquer, e que meus filhos e sobrinhos amam de paixão. Seu ego continua dodói, mas sua alma é tão doce quanto os milhares de bolos, tortas, mousses, pudins, babas de moça, brigadeiros, beijinhos etc, etc, etc, que ela nos prepara até hoje. E também por isso, continua sendo a atração principal das nossas festas. Mas sem facas.
On second thought...esperem um pouco, acabou de me surgir uma idéia pavoroooooosa (kkk). Meu padrinho e a tia Fernanda não se davam nada bem...
Padrinhooooooooooo!!!!
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Ontem um amigo, lá do Amor de Papelão, me falou do seu projeto de escrever um livro contando histórias de sua família. Desculpe-me, amigo, por copiar a sua idéia. É que as da minha família também são tantas e eu os amo tanto, que não resisti...Essa daqui, por exemplo, deveria ter sido a primeira da minha Hermes Baby. E é. Como toda tataravó sábia, ela ficou ali, quietinha, esperando esse seu tataraneto aqui chegar para ouvi-la e contar a vocês.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Seus espinhos, meus afetos
Dia dos pais. Das mães. Das crianças. Das avós. Essa coisa de se eleger um dia por ano para dizer eu te amo para alguém (e de quebra, comprar um presentinho) faz com que eu me sinta mais gado do que nunca. Será que tem como fugir disso? Muitos dirão que não, que precisamos viver em grupos, grupos que se organizam, que criam regras, desenvolvem costumes, e formam uma cultura. Conservadora, liberal, materialista, consumista ... não importa o nome que se dê, é assim que elas vão se definindo. É assim e ponto. Ah, mas esse ponto não pode ser final.
A transformação, embora lenta, é possível. Melhor, é inevitável. Lembro-me de que, quando criança, só podia ter um abraço do meu pai nos dias de nossos aniversários, Natal e Ano Novo e, é claro, no dia dos pais. Não que isso o tivesse impedido de ser um excelente pai, ou que ele não amasse seus filhos, mas a ele fora ensinado que essas demonstrações físicas ou públicas de afeto só poderiam acontecer em datas festivas. Eram paradigmas que nós tínhamos que aprender a aceitar.
Pois é. Alguns têm facilidade para a coisa. Outros, como eu, sofrem mais, porque questionam, e muitas vezes não conseguem quebrá-los, os tais paradigmas. Tá vendo a cara embirrada lá da foto??? Eu sei, eu sei, já faz muito tempo... a cara aqui é outra, mas a marrenta continua a mesma.
Sei que as manadas nos são necessárias, nos protegem de predadores, nos confortam nas perdas. Mas aprender a respeitar as diferenças, digo, aprender a respeitar por causa das diferenças, também é uma questão de sobrevivência. Sabe aquela historinha dos porcos espinhos na era glacial? Eles se uniram, agasalharam-se e juntinhos ficaram muito, muito pertinhos para enfrentar o inverno. Mas seus espinhos incomodaram, feriram, magoaram tanto uns aos outros que eles começaram a afastar-se, e, sozinhos, começaram a morrer de frio. Perceberam então que, para sobreviver, tinham que se aproximar novamente, com jeitinho e precaução, mantendo uma distância mínima suficiente para que eles, assim convivendo, pudessem se aquecer novamente e resistir à era glacial.
Já fui muito mais intransigente com os espinhos alheios. Hoje procuro não ser nem intolerante, nem tolerante, porque - sempre cito Saramago - ser uma coisa ou outra nos confere um ar de superioridade, o que eu procuro evitar. Pelo menos eu tento, porque essa não é uma tarefa fácil. Mas também não preciso de permissão para ser diferente. Isso me é inerente e independe da vontade de quem quer que seja, mesmo sabendo que existe uma busca incongruente pela aceitação através do 'ser igual'. Igual nos atos, gostos, falas e o mais. Momento manada. Não se iluda, todos o temos.
Mas que eu seja bem querida e também queira bem justamente por conta delas, as minhas e as suas diferenças, os nossos espinhos. Acho que é assim que se desenvolve o afeto nas relações. Não importa em que ele vai se transformar ou em como, onde, quando ele se iniciou, se numa paixão meteórica ou numa amizade serena, numa briga de trânsito ou na balada do fim de semana, se é de longa data, ou recém chegado. Mas ele tem que existir. No seu dia-a-dia, na sua família, no seu trabalho, nos amores da sua vida, ou simplesmente no sexo pela simples troca de prazeres. É de afeto que precisamos. É ele que eu busco sempre.