Estrelas

sábado, 31 de julho de 2010


"O que você faria se só te restasse esse dia?" Que dia? O último dia. Sim, estou falando dela, a morte. Célia, minha melhor amiga, se encontrou com a sua. Disseram que ela soube "aproveitar" o seu último, mas era assim que ela sempre fazia com todos os outros. Carpe Diem. Não foi trabalhar. Foi à praia, ver o mar. Esqueceu-se daquela dieta maluca, convidou seu amor para um almoço no restaurante favorito e comeu a sobremesa que mais gostava. Ligou para D. Clara apenas para dizer o quanto amava aquela mãe tão surtada. Foi ao shopping, comprou um livro para sua irmã, um agrado para sua sobrinha...Voltou para o seu apartamento, brincou com o gato dele (que ela detestava) e foi dormir, para sempre. Foi assim. Disseram que ela já sabia do aneurisma, que se despediu da vida, que...blábláblá. Não importa isso agora, nem mais. Há tanto a dizer, e também nada. "Minha amiga do peito, do queixo, da hora, de todas as horas", ela postou no meu orkut. Eu sei que essa porra dessa dor vai virar saudade, mas, me deixa, Célia, me deixa chorar mais um pouco.

2 comentários:

  1. Adorei o seu blog, Raquel Cristina. E quando a tristeza der lugar à saudade, teremos bons motivos para aproveitar os nossos dias, como Celita sempre fez com os dela. Bjus.

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  2. Caraca, esse lance da morte é difícil de administrar, né? Para mim é como se fosse uma página, um capítulo que deixaram de colocar no nosso manual de instrução.

    Chore um pouco, é bom.

    Beijocas.

    Ivan.

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