Estrelas

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A dor é essencial

"Vivê-la feliz". Parece, mas esta frase não é refrão de uma música conhecida, nem uma daquelas de efeito "pinçada" de um desses sites que facilitam a vida de pseudo leitores. É de fato a orientação que procuro dar à minha vida. Sou muitíssimo feliz, e posso lhes garantir que não sucumbi à tal ditadura da felicidade imposta por tantos livros de auto ajuda no mercado. Ser feliz não é estar alegre, mostrar-se engraçada, fazer piruetas o tempo todo. Nem sempre o sorriso se mostra talhado no meu rosto; o doer também faz parte desse ser. Agora mesmo trago no peito o estrago de uma dor dilacerante (profundo, não???? rs), de um sentir intenso, expectativa do tal amor sonhado, mas que foi desperdiçada e, por não ter sido vivida, se fez ainda mais sofrida. Então, para aliviar , dei-me de presente estar aqui agora, realizando um velho e tímido desejo de ser escritora. Acalmem-se críticos, devoradores de inúmeros livros e autores de textos tão ricos. Apesar de invejar-lhes, a minha pretensão não é tamanha e se resume a apenas escrever o que penso, o que sinto, o que mudo a cada dia. Afinal, parafraseando José Saramago: "Somos todos escritores, só que uns escrevem , outros não."
Então, voltando ao tema, sem querer fazer qualquer apologia ao masoquismo, prefiro sentir-me viva, ora mergulhando ora mergulhada nas minhas dores, do que passar a vida em branco, num marasmo raso.
" (...) que venha o silêncio visceral que deixa cicatrizes em meu peito depois das desilusões e desencontros...Mas que eu nunca, jamais deixe de acreditar que daqui a pouco, depois de refeita e ainda mais predisposta a acertar, vou viver de novo, vou doer de novo e sobretudo, vou amar mais uma vez... e não somente uma pessoa, mas tudo o que for digno de ser amado!" Rosana Braga.

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